Silenciosa Inquietude

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." ** Clarice Lispector. Image Hosted by ImageShack.us

Sunday, August 27, 2006

O que era?

Era colméia sem mel
Uma estrela sem céu
Eram olhos sem visão
Respirar sem pulmão

Era um amarrar sem nó
Pena sem dó
Era diálogo sem palavra
Pássaro sem asa

Era um livro sem páginas
Um choro sem lágrimas
Era energia sem fio
Inverno sem frio

Era uma dança sem canção
Um toque sem mão
Era um beijo sem boca
Um pingo sem gota

Era pulsar sem vida
Uma volta sem ida
Era uma crença sem fé
Um passo sem pé

Era a vida morrendo
E a morte vivendo
Era uma mistura pura
Um sarar sem cura

Djenane Kênia Azevedo

E-Mail djenia01@yahoo.com.br
Rabiscado Por Poetisa
Hora 4:39 AM |

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Pequena Fagulha

O imenso universo se manifesta,
Mostrando que as grandezas são
tão pequenas. A noite abraça
o céu Tornando-o escurecido,
Mas só assim sois presente
pontos reluzentes. E você
pequena fagulha? O que tens?
Não sabes que brilhas também?
Na imensidão que estás, se
forçarem os olhos a ti verão.
Então se sente como um grão.
Queres romper fronteiras?
Transpor barreiras?
Desejas brilhar mais forte.
Do sul ao norte
Almejas alcançar horizontes.
Sair de trás dos montes
Desejas riscar o céu ser
estrela cadente
Manifestando-se diferente.
Oh, pequena fagulha!
Por que tanta amargura?
Pensas que não entendo?
Saibas vivo ao relento.
Estou com você, pois sei te
compreender. O que não sei é
se posso ajudar, pois ajuda
estou a buscar.
Djenane Kênia

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